07/09/2010

MÁQUINA DO TEMPO - António Gedeão



O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.
Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.

6 comentários:

  1. Adoro de verdade este poema!

    A escolha da imagem foi excelente. Se olharmos bem, quase nos sentimos a ser tragados por esse intervalo, "fresta de nada aberta no vazio" - o Universo, e nós nele.

    Beijinho grande para ti :)

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  2. E então se pensarmos o que existia antes do Big Bang, é caso para se dar em maluco. É que o conceito de "nada" faz-me impressão.

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  3. Magnífico poeta!
    E a foto, muito adequada:))

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  4. E se tudo não passasse de uma estranha fantasia?
    Um abraço,
    mário

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  5. Adoro António Gedeão. Admiro o seu pragmatismo e a capacidade que teve de transformar em poema as temáticas mais diversas, mais comezinhas, mais inesperadas.

    Que bom ter-se lembrado!
    Bjo
    MariaIvone

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  6. O poeta quando escreveu estava inspiradíssimo , é lindo.
    com sua licença rsrs vou levar comigo .
    adoro palavras que me deixa encantada! rsrs
    perfeita escolha

    abraços

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