29/04/2010

Do You Stand By?

E é tão simples o que temos que fazer....

27/04/2010

Estacionamento!

Costuma queixar-se das empresas responsáveis pelo estacionamento na sua cidade?
Eis a realidade do Reino Unido...nem o carro funerário se safa!

26/04/2010

Apure o paladar. Temos um quinto sabor: o umami


Foto daqui
Há muito no Japão, só agora chega aos paladares europeus. No Reino Unido, vende-se em tubos. Mas também existe em Portugal...

Já alguma vez tentou sentir a verdadeira essência do sabor de um alimento? Se conseguiu, é capaz de ter sentido o umami, o quinto sabor básico do ser humano, além do doce, salgado, amargo e ácido. Os japoneses sabem que existe há mais de 100 anos, os restaurantes com estrelas Michelin já o experimentaram na cozinha, mas só agora os europeus começam a apurar as papilas gustativas para este sabor oculto.
A história do umami, que em japonês quer dizer "essência do delicioso", começou no Oriente, mas todos podemos senti-lo no tomate, no queijo parmesão, no ketchup, nos cogumelos e na carne de porco. E é provável que o sabor lhe lembre pratos apetitosos como pizzas, hambúrgueres ou massas italianas: está provado cientificamente que o umami estimula os centros de prazer do cérebro e intensifica o genuíno sabor dos alimentos.
A substância mágica é o glutamato monossódico, um sal presente no umami, que dá aos alimentos um sabor suave e muito rico, confirma Nuno Borges, professor da Faculdade de Ciências e Nutrição da Universidade do Porto. Ou seja, o umami faz com que uma bolonhesa caseira saiba a uma massa confeccionada pelo melhor chefe italiano com tomates acabados de serem colhidos na horta. Na Segunda Guerra Mundial, era usado para dar mais sabor às rações de combate dos soldados.
AO QUE SABE? Torna tudo muito bom, mas tem um problema: não é fácil de detectar. É "mais subtil e elegante [que os outros quatro sabores], mas de difícil percepção", confirma Kiko Martins, chefe de cozinha actualmente numa volta ao mundo gastronómica que pode acompanhar no blogue Eat the World. "É um sabor ligeiramente metalizado que causa um desconforto inicial na língua, mas deixa uma sensação de agrado na boca", completa José Avillez, chefe do restaurante Tavares, em Lisboa.
Mais próximo do salgado, o umami "reconhece-se de nariz tapado porque é um dos cinco gostos básicos. No entanto, como está presente em menos ingredientes, não é fácil de sentir. Também não estamos predispostos a gostar", acrescenta. É que "o sal e o açúcar, presentes em tudo, não ajudam a educar o paladar para outros elementos do gosto. Sem falar nas porcarias que pomos à boca, como os cigarros", diz Kiko Martins. 
"Há cientistas que pensam tratar-se de um sensor de proteínas, tal como o doce é sensor de glícidos e hidratos de carbono, mas não está provado", explica Nuno Borges. Na verdade, é "difícil explicar para que serve e qual a função que tem no nosso organismo. Há vários estudos em curso", acrescenta o especialista em nutrição. Certo é que está altamente presente no leite materno, o que pode indiciar que somos educados desde os primeiros momentos de vida para sentir este gosto, capaz de despertar os pontos de prazer no nosso cérebro.
UMAMI EM PÓ Mesmo discreto, o umami é agora a nova sensação no paladar dos britânicos e faz as delícias dos cozinheiros brasileiros. No Reino Unido, multiplicam-se os restaurantes que exibem o umami nos menus, como o famoso The Fat Duck que oferece o prato de marisco Sounds of Sea, enquanto amadores polvilham os pratos com glutamato monossódico vendido em tubo nos supermercados para realçar o quinto sabor.
Em Portugal, podemos encontrar umami em pó, comercializado pela marca de especiarias Margão, com um nome mais asiático que o Taste Nº 5 inglês: Glu-Tai-Moto. O tempero, vendido em mais de 100 países no mundo, é criação do cientista japonês Kikunae Ikeda, que descobriu o umami em 1908 num caldo de algas marinhas, o tradicional kombu.
"No Japão, umami é realçar o próprio sabor do alimento na confecção dos alimentos. A frescura do peixe, não misturar diferentes sabores no prato... é umami. É uma filosofia que promove a alimentação saudável", explica Meguni, proprietária do restaurante japonês Aya, que não usa o pó maravilha. Para o chefe Henrique Sá Pessoa, do restaurante Alma, em Lisboa, é pouco provável que o umami desperte tanta curiosidade como no Reino Unido: "No que toca ao paladar, ainda somos conservadores."
Mas na Taberna 2780, em Oeiras, o chefe Cardoso, adepto da cozinha experimental, já anda a pesquisar sobre o tema e admite "umamizar" alguns pratos em breve. "Para intensificar o sabor, temos de deixar os alimentos cozinhar mais tempo, a baixas temperaturas. O umami pode facilitar a tarefa, em especial nos molhos", considera. Todos acreditam que as nossas papilas gustativas ainda têm sabores escondidos por descobrir. "Hoje, a cozinha não é só andar à volta dos tachos", lembra. Passa também pelos laboratórios. 

24/04/2010

DONA TERRA



Dona Terra é um planeta muito antigo, que vive num bairro muito conhecido do Universo, o Sistema Solar. Dona Terra foi viver para aquele bairro há muito tempo, seguramente há muitos milhares de milhões de anos. Foi há tanto tempo que ela já nem se lembra muito bem como tudo aconteceu.
Dona Terra gosta muito de viver no Sistema Solar. “Tenho bons vizinhos”, diz ela sorrindo para a Lua, a vizinha do lado. “Mas o meu vizinho preferido é o Sol”, acrescenta, “sem ele não poderia viver”.
E é bem verdade. O Sol dá a energia de que Dona Terra precisa para funcionar. Se Dona Terra tem flores no jardim, é porque o Sol lhe manda a luz para elas crescerem. Mas não só. É a energia do Sol que faz mover os ventos e as correntes dos oceanos, e que aquece a superfície de Dona Terra, o que lhe permite ter muitos animais e plantas em casa.
“Já tive mais”, diz ela, “e bem esquisitos”. Dona Terra aproveita para mostrar o seu álbum de fotografias, onde guarda as memórias em pedra de muitos animais e plantas que já hospedou em sua casa.
Abre o álbum e, em cada página, em vez de uma fotografia tem um fóssil, muito bem colado à página. E começa a contar: “Estas são as trilobites, muito parecidas com as baratas de hoje, só que viviam no mar”. Dona Terra tem saudades das trilobites. Viveram na sua casa durante quase 300 milhões de anos. Depois desapareceram, tal como os dinossauros, que também viveram em casa de Dona Terra depois disso.
“É que, de vez em quando, eu tenho de fazer mudanças em casa”, diz Dona Terra, para explicar o desaparecimento de muitos outros organismos que constam do seu álbum de recordações. “Mudo os oceanos para o lugar dos continentes, os continentes para o lugar dos oceanos, e os meus hóspedes às vezes não se adaptam, e vão-se embora”, acrescenta. É que Dona Terra, apesar da sua idade avançada, é um planeta muito activo, que adora mudanças. “Adoro mudar o pavimento dos oceanos”, diz entusiasmada. E mostra alguns locais dos fundos oceânicos do planeta onde, à mesma velocidade com que crescem as nossas unhas, ela cria um novo fundo. “E nos continentes, quando já não tenho onde os arrumar, encaixo-os uns em cima dos outros”, acrescenta Dona Terra, mostrando a arrumação que deu à cordilheirados Himalaias, uma imensa pilha de montanhas que já chega quase ao tecto do mundo.
Às vezes cai tudo ao chão e pimba, “lá vai mais um sismo!”, diz Dona Terra, com ar travesso, bem diferente da cara que faz quando está zangada e explode num tremendo vulcão, lançando chispas de lava vermelha pelos ares.Tirando esses momentos de maior agitação, Dona Terra faz a sua vidinha de rotina. De manhã, acorda, abre as janelas e deixa iluminar o planeta. Os rios transportam os grãos de areia para o mar, de noite e de dia. Os ventos do deserto e os glaciares das terras altas, também trabalham sem parar. Mas a maior parte dos animais e das plantas só funcionam de dia. Precisam da luz solar para procurar comida e para se defenderem dos predadores.
“O pior é o Homem”, diz Dona Terra. “É o hóspede que mais dores de cabeça me dá”, lamenta. O Homo sapiens apareceu no planeta há cerca de 150.000 anos, mas nos últimos 2 séculos desarrumou-lhe a casa toda. “Foi quando descobriu os meus tesouros, que este desatino começou”, diz Dona Terra com uma profunda tristeza. Primeiro, descobriu o carvão que Dona Terra guardava com tanto cuidado há milhões de anos nas caves do planeta.
Inventou máquinas a vapor para tudo e mais alguma coisa, que gastaram quase todo o carvão de Dona Terra. “Eu bem avisei”, diz ela muito decepcionada, ainda se lembra de ter dito aos comboios para reclamarem “Pouca Terra, pouca Terra”, na esperança de que os seus maquinistas parassem para pensar. Mas o Homem não ligou nenhuma às reservas de carvão que Dona Terra tinha na despensa e que estão já quase esgotadas.
Depois, o Homem descobriu o petróleo e o gás natural, e a coisa ainda foi pior. “Tenho a casa cheia de fumo e um grande buraco no tecto”, reclama Dona Terra. E também as reservas de petróleo e gás natural estão quase a esgotar-se, sem que Dona Terra tenha tempo de produzir mais. Isto porque os combustíveis fósseis levam milhões de anos a formar-se e o Homem gastou tudo num instante, na gasolina e no plástico.
“Não sei o que vai ser da humanidade no futuro”, diz Dona Terra, “nem de mim!”. E tudo isso sem necessidade nenhuma, porque existem muitas fontes de energia no planeta
que permitem ao Homem fazer tudo aquilo que ele faz com o petróleo. São fontes inesgotáveis e não-poluentes. Dona Terra apressa-se a descrevê-las: “A energia do Sol, do vento e da água pode ser transformada, da mesma forma que a energia dos combustíveis fósseis, e fazer mover motores
da mesma maneira que o petróleo”. Com a vantagem de Dona Terra assim manter a casa bem limpa e de o Homem não precisar de lhe assaltar a despensa a toda a hora.
“E é isso que o Homem vai acabar por fazer, tenho a certeza”, diz Dona Terra que, apesar de tudo, tem um grande
fraquinho pela espécie humana. “Alguns seres humanos portam-se mal comigo”, acrescenta Dona Terra, “aproveitam-se do meu volfrâmio para fazerem bombas e cuidam mal os meus solos e a minha água, o que lhes tem trazido muitas desgraças”, afirma com alguma mágoa. “Mas há outros que me compreendem tão bem”, diz, orgulhosa. “Até inventaram uma ciência só para mim: a Geologia”.
Maria Helena Henriques
Maria José Moreno
A. M. Galopim de Carvalho

16/04/2010

Lisboa à beira Tejo




Deixo-lhe como sugestão, para este fim-de-semana chuvoso, a exposição  “Lisboa à beira Tejo”. Fui à inauguração e fiquei encantada.
O livro é muito bom, se não puder ou não quiser comprar, opte pela colecção de postais.
Aproveite!


"A exposição “Lisboa à beira Tejo”, uma parceria Egeac e Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa, dá a conhecer a relação da cidade com o rio num manancial constante de surpresas que alimentam a diferença lisboeta.
A atracção pelos aspectos peculiares dessa coabitação criativa ganhou especial enfoque com a disseminação da fotografia, na segunda metade do século XIX, prendendo ao sabor do acaso a pluralidade de facetas que fizeram o dia-a-dia desse universo ribeirinho em mutação permanente. Profissionais ou amadores, inúmeros fotógrafos se deixaram contagiar por essa realidade palpitante, onde se misturam gentes e barcos num cenário que se foi desdobrando em novidades constantes: docas novas, guindastes, comboios, avenidas ou edifícios.
É o sabor tão especial dessa mundividência lisboeta que o Arquivo Fotográfico Municipal e a EGEAC o convidam a desfrutar. A Exposição e o Álbum que a completa reúnem uma selecção do vasto espólio guardado, procurando que o visitante percorra em roteiro imaginário o percurso da margem do rio desde a foz do Trancão à antiga praia de Pedrouços. Com enfoque natural nas áreas mais míticas – Terreiro do Paço, Cais do Sodré ou Belém – é essa cidade em reelaboração que surge animada pela cadência datada das fotos seleccionadas.
Uma boa ocasião para sentir a intimidade de Lisboa, ou, mais simplesmente, exercer a atitude sempre simpática de matar saudades."


E porque ando a ler António Gedeão, aqui fica mais um poema:


Aurora boreal
Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.

Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.

14/04/2010

A um ti que eu inventei



A um ti que eu inventei 
Pensar em ti é coisa delicada.
É um diluir de tinta espessa e farta
e o passá-la em finíssima aguada
com um pincel de marta.


Um pesar grãos de nada em mínima balança,
um armar de arames cauteloso e atento,
um proteger a chama contra o vento,
pentear cabelinhos de criança.
Um desembaraçar de linhas de costura,


um correr sobre lã que ninguém saiba e oiça,
um planar de gaivota como um lábio a sorrir.
Penso em ti com tamanha ternura
como se fosses vidro ou película de loiça
que apenas com o pensar te pudesses partir.

António Gedeão


P.S:Amanhã vou visitá-los...

11/04/2010

Caos e Ordem...


Era uma vez um coração chamado Caos e um cérebro chamado Ordem. Em crianças eram inseparáveis, corriam e brincavam juntos de manhã à noite. Mais tarde, quando a juventude clamava por aventuras, os  amigos percorreram o mundo em cada esquina do bairro, da cidade e chegaram até a partir além fronteiras.
Um dia, já adultos apaixonaram-se. A partir desse dia a vida mudou.
O Caos amava com alma e coração a Ordem e não se cansava de olhar para ela, precisava dela para se sentir equilibrado. Passava o tempo a escrever poesia e a compor música só para ela. Via uma flor e pensavam na Ordem, um pássaro chilreava e as lágrimas vinham-lhe aos olhos porque a ordem não estava ali para partilhar esse momento com ele. 
A ordem, amava o Caos mas não dessa maneira: era prática, racional, gostava de estar com ele mas não aguentava tanta poesia nem tanta emotividade; tinha saudades do tempo de crianças em que brincavam e o amor não existia entre eles.
Cansados de tanta discussão foram ter com o mestre e expuseram a sua situação, atropelando-se nas palavras numa tentativa desastrada do mestre lhes devolver a magia de outrora...
O mestre, como sábio que era, olhou para ambos e disse-lhes: 
- nunca chegarão a um entendimento e as vossas discussões perturbam a paz e a harmonia do nosso povo; observo-os há muito e já vi que só há uma solução drástica para vós.
Caos e ordem entre-olharam-se assustados enquanto aguardavam a sentença: 
- a partir de hoje e até conseguirem descobrir a formula mágica para coração e cérebro viverem em conjunto e amarem com alma, vão habitar o corpo dos humanos. Se alcançarem a sabedoria necessária voltarão até nós.
Desde esse dia coração e cérebro habitam o corpo dos homens...
Felizes  os que encontraram a sua alma e conseguem conjugar tudo e viver em felicidade e harmonia.

07/04/2010

“Floresta, muito mais que árvores”

Manual-Educacao-Ambiental-Capa.jpg
“Floresta, muito mais que árvores” é um manual que vem no seguimento do "Guião de Educação Ambiental: conhecer e preservar as florestas", editado pelo Ministério da Educação em conjunto com a ex Direcção-Geral dos Recursos Florestais, actual Autoridade Florestal Nacional.
“Floresta, muito mais que árvores” é uma boa ferramenta para professores e educadores ambientais. Aqui poder-se-á encontrar informação que permite explorar a temática florestal na sua prática educativa, junto de públicos de diversas idades e integrando diferentes perspectivas. Para isso, reúne um conjunto de sugestões de actividades práticas, precedidas de informações sobre as florestas e de algumas questões de ordem pedagógica ligadas à educação ambiental.
Vale a pena consultar e divulgar
http://www.afn.min-agricultura.pt/portal/dudf/sensibilizacao/manuais-e-guias-tecnicos/manual-de-educacao-ambiental

sem vírus



E porque os vírus atacaram o outro blogue, vamos recomeçar. Outro ataque e desisto!