10/07/2011

Em tempo de estio...


Para começar levemente...

Nos Bosques, Perdido (Pablo Neruda)
Nos bosques, perdido, cortei um ramo escuro
E aos labios, sedento, levante seu sussurro:
era talvez a voz da chuva chorando,
um sino quebrado ou um coração partido
Algo que de tão longe me parecia
oculto gravemente, coberto pela terra,
um gruto ensurdecido por imensos outonos,
pela entreaberta e úmida treva das folhas.
Porém ali, despertando dos sonhos do bosque,
o ramo de avelã cantou sob minha boca
E seu odor errante subiu para o meu entendimento
como se, repentinamente, estivessem me procurando as raízes
que abandonei, a terra perdida com minha infância,
e parei ferido pelo aroma errante.
Não o quero, amada.
Para que nada nos prenda
para que não nos una nada.
Nem a palavra que perfumou tua boca
nem o que não disseram as palavras.
Nem a festa de amor que não tivemos
nem teus soluços junto à janela...

14 comentários:

  1. Lindas as palavras de Pablo Neruda... sempre.

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  2. Dá vontade de pular!
    Bem vinda à blogosfera! :-))

    Abraço

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  3. Belo o poema lido(ah Neruda, sempre!), belo o poema cantado!
    Vivó Verão:)))
    Bom recomeço!

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  4. Grande Pablo Neruda! Perto de mim há um lindo monumento a este grande homem.
    Bjs

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  5. Grande poeta Pablo Neruda.
    Ainda bem que quem gosta de
    poesia faz sempre recordar os
    grandes poetas.
    Bj.
    Irene

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  6. Eva,
    as palavras de Neruda têm uma tal profundidade que nos fazem pensar...

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  7. Rosa do ventos, obrigada. Pulemos então!

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  8. Justine,
    Já dizia Neruda "Confesso que vivi", sentimos isso em cada poema.

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  9. Lila,
    com um monumento assim tão perto, nunca se esquece o poeta.

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  10. Lila,
    com um monumento assim tão perto, nunca se esquece o poeta.

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  11. Olá !! :))

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    beijinho
    Teresa Queiroz

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