Tenho andado muito cheia de trabalho, sem tempo para nada. Há muito que não ia ao cinema, sequer.
Ontem
combinamos fazê-lo depois do trabalho.O regresso a casa afigurava-se
difícil devido ao trânsito. Fomos até ao King e apenas nós estávamos na
sala. Valeu a pena, porque o filme mexeu connosco.
Dos Homens e dos Deuses, é um filme que recomendo. Embora esteja em outras salas, o King será sempre a minha sala de eleição.
"Em 1996, sete monges da Ordem Cisterciense da Estrita Observância são raptados e assasinados em Tibhirine,
aldeia aninhada na região argelina do Magrebe. É o culminar da escalada
de violência que opõe o Grupo Islâmico Armado (GIA), extremista, ao
governo que acusa de corrupto. O impacto deste horrível desaparecimento,
cujos contornos exatos estão ainda por esclarecer, extende-se até aos
nossos dias, levado agora ao cinema sob direção do realizador francês
Xavier Beauvois.
A obra, reconhecida com o Grande Prémio do
Festival de Cannes e merecedora da forte e comovida chuva de aplausos
que encheram o Palais des Festivals na noite do passado 23 de maio, é uma extraordinária ode à fé, ao amor ao próximo e ao espírito de serviço que cumpre, em estilo e estrutura narrativa, o despojamento do seu sujeito.
Com efeito, é-nos dado comungar a forma abnegada como uma comunidade de homens lida com uma realidade adversa para a qual não contribui senão com a sua vocação de amor e dádiva. Uma vocação reafirmada ao arrepio das pressões externas para abandonarem a aldeia que servem à sua sorte.
Sem ceder a tentações sensacionalistas, Beauvois desvenda aos nossos olhos o dia-a-dia daquele pequeno mosteiro de Tibhirine, dos seus sete habitantes e da pacata população da aldeia local, induzindo progressivamente o adensar do contexto violento que involuntariamente envolve uns e outros.Simples e acessível, a linguagem fílmica pretere o horror dos acontecimentos, trágicos, e da crescente violência, ao espírito com que aquela irmandade os enfrenta. Um espírito sustentado na sua extraordinária força e revitalizado na dúvida e fraqueza pela oração, pelo permanente desejo de união e comunhão, pelo tempo e oportunidade concedidos ao discernimento.
Mais que um nefasto episódio da história política ou religiosa, estamos perante uma obra que nos propõe um caminho, pela busca do verdadeiro sentido da vida: o que os sete monges sacrificados, na sua fé cristã, encontraram, e que Xavier Beauvois tão bem percorre, alumiando-o para crentes e não crentes." Texto daqui
Com efeito, é-nos dado comungar a forma abnegada como uma comunidade de homens lida com uma realidade adversa para a qual não contribui senão com a sua vocação de amor e dádiva. Uma vocação reafirmada ao arrepio das pressões externas para abandonarem a aldeia que servem à sua sorte.
Sem ceder a tentações sensacionalistas, Beauvois desvenda aos nossos olhos o dia-a-dia daquele pequeno mosteiro de Tibhirine, dos seus sete habitantes e da pacata população da aldeia local, induzindo progressivamente o adensar do contexto violento que involuntariamente envolve uns e outros.Simples e acessível, a linguagem fílmica pretere o horror dos acontecimentos, trágicos, e da crescente violência, ao espírito com que aquela irmandade os enfrenta. Um espírito sustentado na sua extraordinária força e revitalizado na dúvida e fraqueza pela oração, pelo permanente desejo de união e comunhão, pelo tempo e oportunidade concedidos ao discernimento.
Mais que um nefasto episódio da história política ou religiosa, estamos perante uma obra que nos propõe um caminho, pela busca do verdadeiro sentido da vida: o que os sete monges sacrificados, na sua fé cristã, encontraram, e que Xavier Beauvois tão bem percorre, alumiando-o para crentes e não crentes." Texto daqui
Todo o filme é um desafio ao nosso modelo de vida.
O momento em que os monges ligam o gravador e bebem um vinho não produzido por eles - um luxo - fá-los chorar, porque naquele momento são apenas humanos.
Título Original: Des hommes et des dieux
Intérpretes: Lambert Wilson, Michael Lonsdale, Olivier Rabourdin, Philippe Laudenbach
Realização: Xavier Beauvois
Género: Drama
Ficha Técnica: Duração: 2h2m | Origem: FRA
18 comentários:
Amei ter encontrado o seu blog. Agora será uma alegria seguir-te.
Eliete
Foi uma boa ideia essa de ires ao cinema, eu de vez em quando bem gostaria de ver um filme destes, mas como tenho o garoto... é sempre filmes para 9 anos ;)
Bjos
Vi o filme no Saldanha Residence.
Gostei também da fotografia.
Beijinhos, para ti
Já vi. No King, claro, que é dos poucos cinemas onde ainda vou. Até para aproveitar uma ida à livraria, que está agora muito mais agradável.
Vou aproveitar a sugestão para este Sábado, no Kink, claro.
Todos as semanas vejo filmes com a minha filha, e nem sempre no cinema, como sabe há outras maneiras de os ver ;-)
Sou uma cinéfila assumida e este está na minha lista de filmes a ver em breve, agora ainda mais com a sua opinião.
beijinhos
Adoro um filmezinho na tela grande , mas vejo mais em casa , é mais prático ou entao deixo sair um pouco de cartaz pra nao pegar cinema lotado.
Parece bom , vou procurar ver também.
Obrigada pela partilha e a dica.
abraços amiga suadades
Ainda não vi o filme, agora só depois do Natal estarei disponivel até lá nada de diversão...
beijinhos
O KIng é também a minha sala preferida - já nos teríamos cruzado por lá?
O filme, perturbante!
Elisete,
obrigada pelas suas palavras. regresse sempre, embora ande numa fase em que não tenho tempo para escrever nem visitar outros blogues.
Isa,
pois é, quando há crianças sobra pouco tempo para os nossos filmes.
:)
Bom domingo
MagMay
Também gostei da fotografia.
Num todo o filme foi mto bom.
Carlos
é verdade, a livraria ficou mais agradável. Só gostava que tivesse mais luz ;) - vejo mto mal...
Ana,
espero que tenhas gostado do filme.
Fê
espero que gostes do filme.
Adoro cinema, ando é com pouco tempo.
Olá Lis,Bom domingo
Lila
Todos temos fases de intenso trabalho...
Bjocas
Justine,
quem sabe? talvez nos tenhamos encontrado...se andasses com o Mounty identificava-te logo :)
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