26/06/2010

Cinco meses, cinco jardins. E outros...

Conheço um palestiniano que estuda em Portugal há 6 anos. Um dia perguntei-lhe: "o que mais aprecias em Portugal?"  Nunca mais me esqueci da sua resposta rápida: "Puder estar numa esplanada qualquer e saber que não vai cair uma bomba, apreciar o momento sem qualquer receio".
Nunca tinha pensado na vida dessa forma.
Ma sé pensando nele que hoje faço este post. São apenas notícias mas por trás de cada uma há um mundo que pode fazer a diferença.
O que temos de bom e gratuito:


OUTJAZZ - Programa 2010
"Regressa o jazz à cidade, naquele que é um dos eventos mais refrescantes e esperados de Lisboa. Durante 5 meses, o jazz invade 5 jardins da capital, num ambiente de total harmonia entre a natureza em volta e as notas no ar.
Na sua quarta edição, o Festival OutJazz volta a dar de forma livre e gratuita, a atmosfera única do encontro do jazz com os jardins da cidade. Todos os Domingos de Maio a Setembro, das 17h até ao cair do sol, grupos de jazz e um dj vão difundir as notas da sofisticação e da liberdade entre as folhas, os puffs e o sol dos mais especiais jardins de Lisboa.
Convidamos desde já a todos a revisitar o site da NCS, para conhecer em primeirissima mão, as noticias mais frescas do Outjazz 2010. Obrigado e até breve!

Organização & Produção
NCS – Produção, Som e Vídeo. Consulte o link e desfrute: http://www.ncs.pt/outjazz.php

Outros: FESTIVAL AO LARGO - ESPECTÁCULOS DE ABERTURA - http://www.festivalaolargo.com/
Consulte os sites e desfrute. Certamente que nos cruzaremos por lá...

23/06/2010

Professores para S. Tomé


Recebi por e-mail, não conheço  a pessoa pessoalmente mas foi-me  enviado por uma colega. Caso estejam interessados procurem informações:
Olá a todos...
Eu sou o Pedro Nazaré... fui Leigo para o Desenvolvimento em São Tomé e Príncipe em 2003/2004, actualmente estou ao serviço do IDF em São Tomé não como professor mas nos serviços de administração.
Escrevo-vos a informar de que estamos a "tentar" recrutar professores para todos os grupos disciplinares... quem sabe... se... não conhecem alguém que possa estar interessado em dar aulas numa escola com paralelismo pedagógico ao currículo português -(do 5º ano ao 12º ano lectivo - agrupamento de estudos cientifico humanísticos - Ciências e Tecnologias / Línguas e Humanidades e novidade para o ano lectivo 2010/2011 Artes Visuais).
Pontos fortes da nossa escola - apenas 350 alunos, duas turmas em cada ano lectivo, escola bonita situada no campo de milho próximo da linha imaginária do equador (a cerca de 60km)... situada ainda entre as duas baías mais bonitas do continente Africano (ou talvez não) a Baía Ana Chaves e a Baía da Praia Lagarto - Praia Emília - praia francesa - aeroporto e o deslumbrante ilhéu das cabras... serão de certeza argumentos muito fortes para desafiar os espíritos mais inquietos...
Se puderem ajudar a divulgar ficaríamos muito agradecidos...
Os contactos para envio de currículos e pedido de informações:
e-mail:
idf.stp@gmail.com
idf.director@gmail.com

20/06/2010

Ó neve tu és tão forte...


Em criança tinha medo do escuro, não fora a imagem do anjo da guarda que se encontrava por cima da minha cama e teria passado muitas noites em branco. Como qualquer criança, achava que debaixo da minha cama existia um mundo de monstros e fantasmas, mesmo sem assistir à  panóplia dos desenhos animados que existem actualmente e muito antes do oriente nos aculturar com a torneira de desenhos animados vindos do Japão. Vasco Granja brindava-nos com o seu programa de animação e o mais a leste que tínhamos era da Checoslováquia.
As séries eram o Bonanza, os pequenos vagabundos, a casa na pradaria... De uma forma ou de outra a mensagem era a dos bons valores, da justiça e a de que o bem compensava sempre. Excepção feita aos filmes de índios e Cowboys, em que  os índios eram os maus e os americanos os bons; mas  distorcer a realidade é coisa que os americanos continuam a fazer.
Os livros, cedidos pela biblioteca itinerante da Gulbenian, eram da editora Majora e tinham sempre no final algo que eu achava extraordinário "Moral da História:..."
Cresci acreditando que o bem compensa sempre e os maus, mais tarde ou mais cedo serão castigados. E, mesmo agora, em que os cabelos vão branqueando, ainda dou por mim a ter laivos dessa inocência.
Mais tarde tive medo de me perder. Depois foram os medos dos adultos, medo por aqueles que dependem de nós, medo de perder o amor da nossa vida, medo de perder o que alcançamos. Um medo mais elaborado, sobretudo porque temos que o disfarçar e impedir que se manifeste. 
Sempre tive medo de não conseguir perdoar. O perdão é algo que acredito ser indispensável para prosseguirmos a vida sem ressentimentos e equilibradamente, por isso nas minhas preces sempre solicitei a capacidade de perdoar. Alcancei a capacidade de perdoar os outros mas esqueci-me de aprender a perdoar-me a mim mesma. 
Perdoar-me pelas más escolhas, pela forma desajeitada como geri, em certos capítulos, a minha vida, perdoar-me pelas ingenuidades; perdoar-me por ter amado a pessoa errada, perdoar-me por não ter sabido torná-la na pessoa certa; perdoar-me por não ter sido melhor filha, enfim, perdoar-me até pela minha dificuldade em me perdoar...  e tudo isto, não sei se pelo avançar da idade ou pela força das circunstâncias, ultimamente dá-me medo. 
E, apesar de tudo não sou uma pessoa medrosa.
Porém, no outro dia senti medo. Medo porque o precipício esteve a um milímetro de me apanhar. Quando a médica me disse "esteve a um passo de ter um AVC",  percebi o quanto o medo é aterrador.  Ela falava "se não pára o seu corpo vai cobrar-lhe". A médica continuava a falar e eu lembrei-me dos monstros e fantasmas que existiam debaixo da minha cama; lembrei-me dos gritos de alerta do meu corpo e da minha recusa em ouvi-los, como se o meu cérebro fosse o mais forte. É forte porque dominou o meu  coração,  mas não é tão forte assim. Senti-o na sexta feira, quando ele deixou de querer funcionar.
Lembrei-me então daquela lengalenga que  a minha me contava:

Uma formiga prendeu o pé na neve.
–Ó neve! tu és tão forte, que o meu pé prendes!
Responde a neve:
–Tão forte sou eu que o Sol me derrete.
–Ó sol! tu és tão forte que derretes a neve que o meu pé prende!
Responde o Sol:
–Tão forte sou eu que a parede me impede.
– Ó parede! tu és tão forte que impedes o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
Responde a parede:
–Tão forte sou eu que o rato me fura.
–Ó rato! tu és tão forte que furas a parede, que impede o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
Responde o rato:
–Tão forte sou eu que o gato me come.
–Ó gato! tu és tão forte que comes o rato, que fura a parede, que impede o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
Responde o rato:
–Tão forte sou eu que o cão me morde.
–Ó cão! tu és tão forte que mordes o gato, que come o rato, que fura a parede, que impede o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
Responde o cão:
–Tão forte sou eu que o pau me bate.
–Ó pau! tu és tão forte que bates no cão, que morde o gato, que come o rato, que fura a parede, que impede o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
Responde o pau:
–Tão forte sou eu que o lume me queima.
–Ó lume! tu és tão forte que queimas o pau, que bate no cão, que morde o gato, que come o rato, que fura a parede, que impede o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
Responde o lume:
–Tão forte sou eu que a água me apaga.
–Ó agua! tu és tão forte que apagas o lume, que queima o pau, que bate no cão, que morde o gato, que come o rato, que fura a parede, que impede o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
Responde a água:
–Tão forte sou eu que o boi me bebe.
–Ó boi! tu és tão forte que bebes a água, que apagas o lume, que queima o pau, que bate no cão, que morde o gato, que come o rato, que fura a parede, que impede o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
Responde o boi:
– Tão forte sou eu que o carniceiro me mata.
– Ó carniceiro! tu es tão forte que matas o boi, que bebes a água, que apagas o lume, que queima o pau, que bate no cão, que morde o gato, que come o rato, que fura a parede, que impede o Sol, que derrete a neve que o meu pé prende!
Responde o carniceiro:
–Tão forte sou eu que a morte me leva.
Somos todos mortais!

14/06/2010

Coisas leves e únicas


http://www.ricci-arte.biz/pt/Iman-Maleki-2.htm
Iman Maleki, 00004422-Z



No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...

10/06/2010

Pessoas e etc.

FLORES Á JANELA
imagem daqui
Há uma certa tendência para nós humanos acharmos que a nossa forma de ver e viver a vida é  a mais correcta. Talvez eu seja uma dessas pessoas, muito embora julgue que não, mas pondo essa hipótese, talvez...
Porém, há coisas que assisto e me deixam atónita. Algumas terei razão outras, quiçá, serão embirração minha ou mesmo falta de tolerância.
Por exemplo:
Tenho uma grande curiosidade em conhecer a pessoa que todos os dias deixa o lixo por baixo da minha janela., todos!
Dirão vocês, a senhora está  atrasada para apanhar o autocarro e não há contentor do lixo...(Não tinha desculpa na mesma, quanto muito deixasse ao pé da sua porta...). Não, não é nada disso, vou desenhar:
Distância da minha janela à paragem de autocarro onde estão 3 contentores: 15m.Distância aos contentores para quem optar descer as escadas: 20m.
Distância aos contentores para quem quiser atravessar para o outro lado da rua na passadeira: 10metros.
Ora digam lá se não é de nutrir uma enorme admiração por esta pessoa? se por acaso ela é leitora deste blogue, deixo o seguinte recado: não estou zangada, apenas pasma e gostaria muito de conhecer quem é capaz de fazer tal coisa.
Outro exemplo:
Gosto muito de ir beber café aqui ao lado da porta, em frente à paragem de autocarro.
Eu e muita gente, para bem do dono. O café é bom, e tudo o que lá está cheira a caseiro, até poderia entrar para a listas dos locais com estrelas não sei do quê...
Ao fim-de-semana tomo café um pouco mais tarde e sempre que o faço arrependo-me. Porquê? estarão vocês a pensar, esta deve ter cá um mau feitio...
Também é verdade, mas o que me irrita, e este sim é o termo é porque carga de água o senhor F. escreve letreiros para tudo "bolos caseiros, jeropiga caseira, telefone para uso da casa; pão de soja muito bom para o colesterol; dia 31 de Dezembro o café é sempre grátis,..."  não é capaz afixar um que diga " É proibido sentar as crianças ao balcão, penteá-las, por ganchos e etc.". Não é por nada é que os bolos estão mesmo ali ao lado...  e como pedir não custa deixo mais este:  "por favor, não escolher, usando as mãos, o bolo e o pão que quer..."
Há outras situações que me pasmam mas hoje fico-me por aqui...
Um bom feriado!

08/06/2010

Porque não acontece só aos outros...

*Uma das maiores empresas de marketing do mundo, resolveu passar uma mensagem para todos, através de um vídeo criado pela TAC (Transport Accident Commission) 
Recebi por e-mail. 

04/06/2010

Chineses e Copenhaga

Aqui vão mais umas fotos da realidade:
20091020-lu-guang-06

20091020-lu-guang-02

20091020-lu-guang-07

20091020-lu-guang-08
Não deixe de ver. Amanhã é o dia Mundial do Ambiente.
NOTA: Acho que deveria ter explicado o título que dei ao post. "Chineses em Copenhaga"  porque na altura em que foi  a conferêcia de Copenhaga e o discurso dos chineses "tão amigos do ambiente" alguém fez circular as imagens que aqui vos mostro. 
Não, não isto não se passa na Dinamarca, mas na China
As minhas desculpas

02/06/2010

Amor de mãe...

No  Rio
 

Em Africa ...
Na Índia ...
no Oceano ...

no parque de estacionamento do Lidl ...